Já se passaram meses desde que atualizei este diário pela última vez! Ainda me pergunto porque o mantenho comigo se pouquíssimas vezes tenho oportunidade de escrever, ler e refletir sobre a vida... mas tenho medo de um dia esquecer o que eu sou ou o que eu busco nessa vida.
Após algumas desavenças em uma pequena vila que estava sendo invadida por monstros desordeiros que mataram o prefeito e tentavam colocar monges contra nós, fui convocada para uma investigação ao norte de Ashigatake, próxima a uma cidade portuária, sendo assim obrigada a me afastar do pelotão do General Faelon. Acredito nunca ter me sentido tão insegura e desprotegida como naquele momento. Já havia alguns anos que não me afastava do General para atividades com outros grupos, e agora me perguntava quem poderia cobrir minha retaguarda? Em quem poderia confiar para isso?
O novo grupo em que fui encaixada para investigação era jovem e inexperiente de mais para a missão que nos foi dada, assim sofremos rapidamente uma perda significativa em número. Uma vez já detectadas as estruturas de segurança e o local em que meus companheiros estavam sendo mantidos, enviei uma mensagem de urgência ao General em busca de reforços, ou melhor dizendo, de um resgate.
Me sentia uma completa inutil! Como depois de anos em investigações eu poderia me deixar abater tão facilmente, e pior, sem conseguir resistir nem por um momento. Chego a conclusão hoje que havia me acostumado de mais com a segurança do meu pelotão, e com isso ficado bem menos determinada e forte...
Os dias em carcere foram agonizantes, minha magia era absorvida pela área de controle, e me sentia cada vez mais incapaz sequer de me levantar. Implorava a Myuna que minha mensagem chegasse ao General... minhas esperanças se desvaneciam em meio as dores que os orcs da vigia causavam a mim e minhas companheiras de cela durante as noites sem lua... o entardecer me trazia medo e calafrios... o estalar dos chicotes soavam em meus ouvidos e os gritos de minhas companheiras me aterrorizavam enquanto eu esperava pela minha vez... seguido pela completa dormência do corpo.
Devo ser uma elfa de orgulho em excesso! Não ousei derramar uma lagrima se quer durante minhas noites de tortura... Faelon havia dito muitos anos atrás, ao me resgatar... quando nos conhecemos... que nunca mais queria me ver chorar, que eu devia ser forte e guardar suas costas com minha vida assim como ele faria com as minhas. Eu não podia desonrá-lo! Eu nunca diria a posição de meus companheiros! Eu nunca trairia o General... e se preciso morreria protegendo-os!
Aproximadamente 10 dias após minha prisão, já não me encontrava em plena consciência do que era real... devaneava em resgates milagrosos vindo dos deuses... sentia como se me corpo estivesse sendo carregado... assim adormeci...
Podia me sentir livre em meus pensamentos... um sonho talvez... reconhecia a voz de minha madre ao fundo me agradecendo... como eu a amava, estivera sempre ao meu lado, me ensinara tudo sobre o mundo dos vivos e mortos... e me protegera até o final! Viajava rapidamente por lembranças da minha vida no convento, eramos felizes... até que então ao entrar na capela... eu via o sangue vermelho a escorrer pelo altar principal... o cheiro de enxofre fincava em minhas entranhas... instantaneamente a falta de ar e o embrulho no estomago me traziam tontura... fugir!!! Mas para onde ir? Onde estava minha querida Madre? E o medo me consumia...
Aquilo para mim representava o fim... SIM! Era chegada a hora do juizo final! Eu também era uma pecadora, deveria pagar por derramar o sangue daqueles que odiava... mas de um modo completamente inesperado, a esperança voltava a pulsar em mim! Podia sentir um cheiro familiar... algo que me trazia segurança, pude me sentir em casa...
Ao abrir os olhos me encontrava nos braços do General, completamente perdida de toda a situação... mas feliz! Estava a salvo! Mais uma vez ELE estava lá...
Descobri por fim que Ashigatake foi completamente invadida, não houve como salvá-la, e que estávamos em um navio do grande cemitério nos dirigindo ao Magistério... com certeza uma oportunidade única! Afinal, quando chegassemos ao Magistério eu poderia investigar melhor sobre a Corte Vermelha (Império dos Blood Elfos) que seria representada pela sucessora do trono no Conselho das Raças.
Bastante cansada e enjoada pela viagem de navio (odeio o mar ¬¬') resolvi descansar na cabine do capitão, acreditando que ao acordar estaria já no Magistério e que lá poderia melhor me acomodar. Breve ilusão... tive a grande surpresa ao despertar de que estavamos sendo atacados por Tritões!
Oh minha amada Myuna, porque judias tanto dessa sua devota filha? >.<
Esse pequeno problema no caminho nem merece minha atenção... concertei buracos o dia todo, conheci um anjo mau-humorado e passei mau o restante da viagem... nada fora do comum para nosso pelotão! Por fim me esgotei na tentativa de purificar o navio e adormeci por alguns dias...
Despertando descobri que a tripulação havia passado por mais turbulências a caminho do Magistério, nada que mereça minha real atenção acredito... mas essa viagem parecia nunca acabar...
Finalmente avistamos uma das ilhas do território do Magistério! Impressionante como entrar em contato com uma área de magia pura trazia grande conforto ao meu corpo... acredito que já estava contaminada em excesso com magia negra!
Reconheci rapidamente que aquela se tratava da Ilha D'Terrans, devido a sua imensa muralha construída ao redor de toda a extensão visível a olho nu do território. Com certeza teremos problemas para chegar a ilha central... como sempre...
Estamos agora fazendo o recolhimento de mantimentos para desembarcarmos e tentarmos entrar na muralha... vejo de minha janela que existe um guarda na porta principal... aparentemente um mago novo...
pelo menos agora que estou novamente com o pelotão me sinto mais segura! Mesmo assim preciso ficar mais atenta, não é hora para fraquezas!
É bom ter ELE aqui pra cobrir minha retaguarda... gostaria de não ter que sair da minha posição de novo!!!
Será que poderemos no tocar novamente como antes? Ainda me lembro...
Esther Nightroad
Após algumas desavenças em uma pequena vila que estava sendo invadida por monstros desordeiros que mataram o prefeito e tentavam colocar monges contra nós, fui convocada para uma investigação ao norte de Ashigatake, próxima a uma cidade portuária, sendo assim obrigada a me afastar do pelotão do General Faelon. Acredito nunca ter me sentido tão insegura e desprotegida como naquele momento. Já havia alguns anos que não me afastava do General para atividades com outros grupos, e agora me perguntava quem poderia cobrir minha retaguarda? Em quem poderia confiar para isso?
O novo grupo em que fui encaixada para investigação era jovem e inexperiente de mais para a missão que nos foi dada, assim sofremos rapidamente uma perda significativa em número. Uma vez já detectadas as estruturas de segurança e o local em que meus companheiros estavam sendo mantidos, enviei uma mensagem de urgência ao General em busca de reforços, ou melhor dizendo, de um resgate.
Me sentia uma completa inutil! Como depois de anos em investigações eu poderia me deixar abater tão facilmente, e pior, sem conseguir resistir nem por um momento. Chego a conclusão hoje que havia me acostumado de mais com a segurança do meu pelotão, e com isso ficado bem menos determinada e forte...
Os dias em carcere foram agonizantes, minha magia era absorvida pela área de controle, e me sentia cada vez mais incapaz sequer de me levantar. Implorava a Myuna que minha mensagem chegasse ao General... minhas esperanças se desvaneciam em meio as dores que os orcs da vigia causavam a mim e minhas companheiras de cela durante as noites sem lua... o entardecer me trazia medo e calafrios... o estalar dos chicotes soavam em meus ouvidos e os gritos de minhas companheiras me aterrorizavam enquanto eu esperava pela minha vez... seguido pela completa dormência do corpo.
Devo ser uma elfa de orgulho em excesso! Não ousei derramar uma lagrima se quer durante minhas noites de tortura... Faelon havia dito muitos anos atrás, ao me resgatar... quando nos conhecemos... que nunca mais queria me ver chorar, que eu devia ser forte e guardar suas costas com minha vida assim como ele faria com as minhas. Eu não podia desonrá-lo! Eu nunca diria a posição de meus companheiros! Eu nunca trairia o General... e se preciso morreria protegendo-os!
Aproximadamente 10 dias após minha prisão, já não me encontrava em plena consciência do que era real... devaneava em resgates milagrosos vindo dos deuses... sentia como se me corpo estivesse sendo carregado... assim adormeci...
Podia me sentir livre em meus pensamentos... um sonho talvez... reconhecia a voz de minha madre ao fundo me agradecendo... como eu a amava, estivera sempre ao meu lado, me ensinara tudo sobre o mundo dos vivos e mortos... e me protegera até o final! Viajava rapidamente por lembranças da minha vida no convento, eramos felizes... até que então ao entrar na capela... eu via o sangue vermelho a escorrer pelo altar principal... o cheiro de enxofre fincava em minhas entranhas... instantaneamente a falta de ar e o embrulho no estomago me traziam tontura... fugir!!! Mas para onde ir? Onde estava minha querida Madre? E o medo me consumia...
Aquilo para mim representava o fim... SIM! Era chegada a hora do juizo final! Eu também era uma pecadora, deveria pagar por derramar o sangue daqueles que odiava... mas de um modo completamente inesperado, a esperança voltava a pulsar em mim! Podia sentir um cheiro familiar... algo que me trazia segurança, pude me sentir em casa...
Ao abrir os olhos me encontrava nos braços do General, completamente perdida de toda a situação... mas feliz! Estava a salvo! Mais uma vez ELE estava lá...
Descobri por fim que Ashigatake foi completamente invadida, não houve como salvá-la, e que estávamos em um navio do grande cemitério nos dirigindo ao Magistério... com certeza uma oportunidade única! Afinal, quando chegassemos ao Magistério eu poderia investigar melhor sobre a Corte Vermelha (Império dos Blood Elfos) que seria representada pela sucessora do trono no Conselho das Raças.
Bastante cansada e enjoada pela viagem de navio (odeio o mar ¬¬') resolvi descansar na cabine do capitão, acreditando que ao acordar estaria já no Magistério e que lá poderia melhor me acomodar. Breve ilusão... tive a grande surpresa ao despertar de que estavamos sendo atacados por Tritões!
Oh minha amada Myuna, porque judias tanto dessa sua devota filha? >.<
Esse pequeno problema no caminho nem merece minha atenção... concertei buracos o dia todo, conheci um anjo mau-humorado e passei mau o restante da viagem... nada fora do comum para nosso pelotão! Por fim me esgotei na tentativa de purificar o navio e adormeci por alguns dias...
Despertando descobri que a tripulação havia passado por mais turbulências a caminho do Magistério, nada que mereça minha real atenção acredito... mas essa viagem parecia nunca acabar...
Finalmente avistamos uma das ilhas do território do Magistério! Impressionante como entrar em contato com uma área de magia pura trazia grande conforto ao meu corpo... acredito que já estava contaminada em excesso com magia negra!
Reconheci rapidamente que aquela se tratava da Ilha D'Terrans, devido a sua imensa muralha construída ao redor de toda a extensão visível a olho nu do território. Com certeza teremos problemas para chegar a ilha central... como sempre...
Estamos agora fazendo o recolhimento de mantimentos para desembarcarmos e tentarmos entrar na muralha... vejo de minha janela que existe um guarda na porta principal... aparentemente um mago novo...
pelo menos agora que estou novamente com o pelotão me sinto mais segura! Mesmo assim preciso ficar mais atenta, não é hora para fraquezas!
É bom ter ELE aqui pra cobrir minha retaguarda... gostaria de não ter que sair da minha posição de novo!!!
Será que poderemos no tocar novamente como antes? Ainda me lembro...
Esther Nightroad
Última edição por Laura Scaldaferri em Sex maio 31, 2013 9:51 pm, editado 1 vez(es)