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Pagina do diario de Theramir Rohatgar - Caso da imperatriz sarah

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Paulo Felipe

Paulo Felipe
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Uma luz tênue oriunda de uma vela iluminava o velho diário revestido em couro, enquanto a caneta tinteiro empunhada por mãos cansadas de um dia de perigos deslizava ao longo das paginas; uma história se formava...


Era o primeiro dia em Kalahara, uma pequena vila do reino de Ashigatake. Eu havia chegado logo pela manhã, junto com o clã de viajantes do qual faço parte agora, que atende pelo nome de Andarilhos do Horizonte, um grupo de viajantes unidos que buscam apenas conhecer novos lugares e expandir suas habilidades e conhecimentos.

Passamos por uma manhã calma e tranquila, até que Fäelon, um membro importante da Ordem de Myuna anuncia que a vila estava sendo atacada por mortos vivos, e rapidamente nosso clã se reuniu, com a exceção de Rumpel, um gnomo alquimista que havia desaparecido a partir deste momento, e iniciamos a busca pelas criaturas.

Não foi necessária minhas habilidades de rastreador uma vez que o inimigo foi encontrado rapidamente. Dois humanoides em vestes negras, apenas espreitando todos que haviam se reunido para o ataque, quando um deles irrompe o silencio com um grito amedrontador e avança contra todos nós, em uma fúria sanguinária que quase custou a vida de muitos de nós, incluindo eu e meus companheiros.

Quando a batalha iniciou, percebi que os ataques desferidos contra os inimigos eram inúteis, e já ferido me forcei a recuar, mas procurando meus companheiros de clã fui surpreendido por um grito de terror e a ultima coisa que me lembro deste momento foi a dor das laminas adentrando meu corpo.

Quando acordei, percebi que estava de pé, junto com todos os outros que haviam caído em batalha comigo, e estávamos lá, diante da figura de uma criança carregando um grande animal de pelúcia. Mas havia algo estranho, eu não tinha controle sobre minhas ações. A voz da criança ao mesmo tempo que soava com um ar de inocência, ao mesmo tempo causava panico em minha mente como as ameaças de um ser das sombras; eu estava sendo controlado por seja lá o que era aquela criança.

Ela nos deu ordens para entrar na floresta, e esperar pelo momento certo para o ataque a todos aqueles que não haviam caido em batalha anteriormente, e assim meu corpo ordenou. Neste momento eu não me sentia vivo, minha carne estava fria e meu sangue não circulava, e o único resquício de inteligencia que me sobrou era obrigado a assistir o uso monstruoso de meu corpo para tais finalidades.

Foi quando ouvimos o grito de ira da garota, que corremos para a emboscada, e eu vi todo um grupo de pessoas dentro do que parecia ser um campo magico, fornecendo proteção contra a ira dos carniçais que nôs tornamos. Mas havia algo estranho, e alguém lutava sozinho contra nós. O elfo Fäelon lutava sozinho contra muitos de meus companheiros dominados, e rapidamente foi subjugado, caindo inconsciente no chão, trazendo uma perda de esperanças de que possamos um dia voltar a ser o que eramos...

Após isso nos foi ordenado que levássemos o corpo de Fäelon ao longo da estrada, e minha mente lutava contra a dominação da criança, mas eu não conseguia sequer manter um pouco que fosse do controle, e todos nós realizavam atos sádicos e desumanos contra todos, inclusive nós mesmos...

Theramir para de escrever, como se a dor gerada pelas lembranças o impedisse de pensar no que estava escrevendo, e após alguns minutos de silencio a caneta volta para sua mão

Mas aconteceu de repente algo estranho, Fäelon não estava mais la, e não me lembro de como ele havia sumido... Minha atenção estava fraca naquela forma, e nada me importava se não seguir ordens.

Após horas de escravização mental, a mestra vem até mim e me entrega um explosivo, e a voz doce e aterrorizante dela me da ordens para a utilizar nos inimigos quando eles atacassem. E eu temi pela vida de todos que viessem a atacar, uma vez que meu corpo poderia ser usado para a morte de varias pessoas.

O medo tomou conta de meu corpo, e por um tempo, eu fiquei la... esperando a hora certa, apenas observando a luta dos não dominados contra nós, que se provou inútil por um longo tempo... E de repente, a barreira negra que nos protegia se dissipa, e Fäelon ressurge, guiando um exercito contra nós, e enquanto o resto dos carniçais fugia dominados pela covardia, meu corpo seguiu as ordens da mestra, e nesse momento eu pensei que fosse o fim de tudo, que eu iria me sacrificar contra minha vontade, e que nada poderia ser feito, e assim eu fiz, explodindo a bomba contra os inimigos, que para o bem de todos sobreviveram e continuaram a avançar atras da criança...

E ali eu estava, caido na ponte, observando o corpo de aliados que eu matei anteriormente e outros que caíram para o exercito de Fäelon. E pensei que fosse o fim de tudo, e fechei os olhos, tentando esquecer o quão terrível e doloroso fora aquela derrota.Quando de repente meus olhos abrem novamente, e eu sinto o calor voltar a meu corpo. Thingol, um elfo sábio e conhecedor de muitas magias havia nos curado, e quando me dei conta estávamos todos vivos, e uma sensação de alivio preencheu meu corpo.

Sobre a criança, descobriram que ela havia sido dominada por um espirito de um lich que a dominava através do boneco, e descobriram que forças de mortos-vivos avançam contra todos nós, e que estaremos em grande perigo se isso não for resolvido logo. Assim que tudo isso foi descoberto, me reuni com os membros do clã, também afetados pela batalha, tomamos a decisão de que o próximo destino de nossa jornada seria as terras selvagens de Midna, para onde o grupo de membro da Ordem de Myuna e a Guilda de Ladrões de Navarre seguem, e quem sabe assim poderemos ajudar de alguma forma na luta contra essas criaturas desprezíveis.


Theramir fecha o diário e o guarda em sua mochila, e com um sopro apaga a vela de sua tenda, e a pouca luz que gerava da lugar a uma escuridão silenciosa...

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